segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Movimento Contra a Carestia


Carestia: Escassez, carência, alta de preço, encarecimento do custo de vida.


Continuaremos a falar a respeito do “milagre econômico” e as mobilizações que surgiram dos pontos negativos dele. Na última publicação falamos a respeito do Movimento do Custo de Vida, que veio a se tornar o Movimento contra a Carestia, nesse post explicaremos então, como se deu a luta contra a Carestia.

Vimos que nesse momento do “milagre”, havia realmente o crescimento econômico, porém ele não gerava o crescimento social... e, como se daria o desenvolvimento dessa forma?

“Temos que esperar o bolo crescer para depois distribuir os pedaços”. Disse o ministro Delfim Neto, no regime militar.

Durante a ditadura os militares permitiram a abertura econômica para o capital estrangeiro, eles queriam as nossas riquezas.
Na década de 70 foram altos os índices de industrialização, o país cresceu economicamente, porém, gerando concentração de renda.
Foi notória a grande desigualdade social que aumentou nesse momento, pois para os trabalhadores restavam salários desvalorizados e produtos que aumentavam constantemente. Imagine só você ir à feira hoje, e na próxima semana encontrar o mesmo produto três vezes mais caro.
De um lado o sucesso econômico, de outro, péssimos indicadores nos setores de saúde, educação e moradia.

As associações de bairro lutavam por melhorias sociais. A política econômica regida pela ditadura atingia diretamente os trabalhadores. Então, os movimentos comunitários se uniram aos sindicatos, consequentemente, foi criado o Movimento Contra a Carestia (MCC) em São Paulo, que logo se espalhou para outros estados.
O MCC tinha ligação com a Igreja Católica e com o PCdoB.



A ação de movimentos sociais foi importante para aumentar a resistência contra a ditadura, contando principalmente com a atuação das mulheres, eram as mães contra a ditadura.

Além do mais, esse período de inflação causou certo desespero nessas “donas de casa”. Acabar com a carestia era realmente o interesse de diversos setores da sociedade, inclusive dessas mulheres.
Sem desmerecer as intenções delas, não é esse o objetivo, mas chamar a atenção de que “doeu no bolso” de muita gente. Então, a luta contra a carestia, acabou sendo um ponto em comum entre diversas bandeiras.




No Movimento Contra a Carestia, as reivindicações e atuação das mulheres ganharam mais força contra a ditadura.Em todos os estados o MCC estava presente e promovia mais debate sobre o mito do milagre econômico do governo dos generais. Trabalhadores, donas de casa, e estudantes e participavam das plenárias promovidas pelo movimento.  O governo reagiu com truculência, prendendo e reprimindo várias lideranças que divulgavam as bandeiras do Movimento Contra a Carestia.











                            










2 comentários:

  1. Neste movimento sim, tinha sentido bater panelas. Panelas que realmente estavam vazias...

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  2. Na situação atual, o povo brasileiro precisa ficar unido e exigir diretas já e tentar responsavelmente eleger políticos íntegros e nunca mais deixar retornar a maioria de corruptos que venceu em 2014.

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